Newsletter CINFU - novembro 2022

2023 - Ano Europeu das Competências

No seu discurso de 2022 sobre o Estado da União, proferido a 12 de outubro, a presidente da Comissão Europeia, propôs eleger 2023 como Ano Europeu das Competências, a fim de reforçar a competitividade, orientar melhor os investimentos, promover a cooperação com as empresas e adequar essas necessidades às aspirações dos cidadãos, bem como atrair talentos para a Europa. 
O contexto de transição ecológica e digital trouxe consigo novos desafios e oportunidades para a economia, a sociedade e as pessoas. E é partir desta perspetiva que as questões das competências têm de ser abordadas.  
Cidadãos detentores de competências atuais estão mais bem preparados para participar de forma informada e ativa na vida comunitária e social, o que se traduz num reforço da democracia (em sentido lato), garante da justiça e equidade social que a todos beneficia.   
Por outro lado, na qualidade de trabalhadores, o reforço e acréscimo de competências coloca os indivíduos em posição de contribuírem para a inovação e competitividade das organizações que integram, ao mesmo tempo que aumenta o seu potencial de empregabilidade. 
A este propósito não é despiciente referir que “atualmente, mais de três quartos das empresas da UE referem ter dificuldade em encontrar trabalhadores com as competências necessárias. Dados recentes do Eurostat apontam que apenas 37% dos adultos recebem formação regularmente.”. 
Quando se fala em competências digitais e tecnológicas, a situação é ainda mais grave “O índice de digitalidade da economia e da sociedade revela que quatro em cada 10 adultos e um terço dos trabalhadores na Europa carecem de competências digitais básicas. (…) Verifica-se também uma baixa representação das mulheres em profissões e estudos relacionados com as tecnologias, uma vez que apenas um em cada seis especialistas em TI e um em cada três diplomados em CTEM (Ciência Tecnologia Engenharia e Matemática) são mulheres.”.
A aposta não passa só em formar os jovens nesta área-chave. A população adulta, em especial a ativa, tem de ser envolvida na preparação para as transformações em curso. Por isso, a fim de incentivar a aprendizagem ao longo da vida, os Estados-Membros aprovaram os objetivos sociais da Estratégia Europa 2030, a ser cumpridos até ao final da década, entre os quais, pelo menos: 

  • “60% de todos os adultos devem participar anualmente em ações de formação”;
  • “78% da população entre os 20 e os 64 anos deverão estar empregadas até 2030”;
  • “80% das pessoas entre os 16 e os 74 anos devem possuir competências digitais básicas, uma condição prévia para a inclusão e a participação no mercado de trabalho e na sociedade numa Europa digitalmente transformada”.

Com o Ano Europeu das Competências, a Comissão propõe, justamente, dar um novo impulso à aprendizagem ao longo da vida, através das seguintes medidas:

  • “Promovendo um investimento acrescido e mais eficaz e inclusivo na formação e na melhoria de competências, a fim de aproveitar todo o potencial da mão-de-obra europeia e apoiar as pessoas na transição de um emprego para outro;
  • Assegurando que as competências são pertinentes para as necessidades do mercado de trabalho, cooperando com os parceiros sociais e as empresas;
  • Adequando as aspirações e as competências das pessoas às oportunidades no mercado de trabalho, especialmente no que diz respeito às transições ecológica e digital e à recuperação económica;
  • Atraindo pessoas de países terceiros com as competências de que a UE necessita, nomeadamente reforçando as oportunidades de aprendizagem e a mobilidade e facilitando o reconhecimento das qualificações.”

“No âmbito do Ano Europeu das Competências, serão organizados eventos e campanhas de sensibilização em toda a UE para apoiar a aprendizagem e requalificação. O Ano Europeu ajudará a desenvolver ferramentas relativas a informações sobre competências, bem como a promover instrumentos para aumentar a transparência e facilitar o reconhecimento das qualificações.”. 
 

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