Para informar o debate político e a capacidade de resposta do ensino e formação profissional sobre as tendências do futuro do trabalho, o Cedefop realizou, em 2021, o 2º Inquérito Europeu do Cedefop (Centro Europeu para o Desenvolvimento da Formação Profissional) sobre Competências e Empregos, analisando informações comparativas de cerca de 45000 trabalhadores adultos de todos os Estados-Membros da União Europeia (UE), mais a Noruega e a Islândia.
As primeiras conclusões deste segundo inquérito, muito voltado para apoiar decisões relativas à qualificação e requalificação digital e às competências para a transição verde, foram recentemente publicadas. Passa a dar-se nota das mais relevantes.
Muito antes da COVID-19, registavam-se já preocupações com possíveis perdas de empregos devido à automação advinda da indústria 4.0 e à consequente intensificação do uso de tecnologias digitais.
O 1º Inquérito Europeu do Cedefop sobre Competências e Empregos tinha já revelado que 43% dos trabalhadores adultos da UE foram sujeitos à utilização de novas máquinas e sistemas de TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação), bem como chamado a atenção para o facto de cerca de metade dos empregos nas economias mais avançadas serem suscetíveis à substituição por algoritmos de inteligência artificial.
Com a eclosão da pandemia a transformação digital da Europa acentuou-se ainda mais, passando, nomeadamente, a ser mais aceites as formas remotas de trabalhar e aprender.
Os dados do segundo Inquérito do Cedefop revelam que:
Quanto ao desenvolvimento de competências digitais, exacerbadas pela pandemia, o Inquérito revela que:
Os dados do Inquérito também indicam que:
As primeiras conclusões do segundo Inquérito apontam para a necessidade de se mitigar as lacunas de competências daqueles que estão expostos à inovação tecnológica e diminuir o fosso digital e a obsolescência tecnológica num período temporal razoável. Há também necessidade de um maior investimento e reconfiguração dos métodos para o novo trabalho digital nos locais de trabalho da UE. Em vez de especular sobre quais os empregos que podem desaparecer com a introdução de competências digitais nas empresas, as políticas de competências digitais devem ter como objetivo a correção de práticas de gestão e de trabalho para garantir a complementaridade homem-máquina.
As políticas de educação e formação profissional devem centrar-se principalmente nos trabalhadores que não usam tecnologias digitais no trabalho e naqueles que generalizadamente a utilizam muito pouco e que são 1 em cada 8. Resolver a divergência entre quem mais precisa de formação e quem de facto a consegue obter é primordial. Os decisores políticos devem concentrar esforços para alcançar grupos de trabalhadores mais vulneráveis, priorizando os mais velhos, mulheres, pessoas de baixa qualificação e trabalhadores do comércio. Igualmente importante para as políticas de competências digitais da UE é a promoção da adoção dessas tecnologias centradas nos trabalhadores.
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